MARCADORES BIOQUÍMICOS NO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

Resumo

Classificado como uma das principais patologias que afetam o sistema cardiovascular, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) representa a principal causa de morbidade e mortalidade no Brasil. Consiste na necrose do tecido cardíaco, resultante de isquemia devido à falta de oxigênio e nutrientes em razão do estreitamento das artérias coronárias, que leva à interrupção do fluxo sanguíneo para o coração. Sua principal causa está associada à Doença Arterial Coronariana, na qual a deposição de placas ateroscleróticas nas artérias coronárias leva à obstrução do fluxo sanguíneo, levando à isquemia do miocárdio. O diagnóstico do IAM é baseado na presença de pelo menos dois dos seguintes critérios: dor torácica, alterações no eletrocardiograma e alterações dos biomarcadores cardíacos, que consistem em parâmetros biológicos mensuráveis e quantificáveis essenciais para o diagnóstico correto de doenças cardíacas, incluindo o IAM. Diante do apresentado, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura acerca dos principais marcadores bioquímicos e sua relevância no diagnóstico do IAM. Esses biomarcadores auxiliam no diagnóstico, estratificação de risco e acompanhamento de pacientes com suspeita de doenças cardiovasculares, contribuindo para um diagnóstico rápido e preciso, permitindo intervenções que ajudem a melhorar a qualidade de vida do paciente. Os marcadores mais utilizados são a creatina quinase fração MB, lactato desidrogenase e aspartatoaminotransferase, mioglobina, troponinas T e I, peptídeo natriurético tipo B, e a proteína C reativa. Dentre eles, a troponina, consiste no marcador mais sensível e específico, destacando-se como um marcador essencial para a identificação de lesões cardíacas.